terça-feira, 11 de dezembro de 2012

RCP em Adulto com uso do DEA

     
Atendimento pré hospitalar por equipe socorrista:

         O primeiro passo é a equipe de atendimento pré hospitalar à vítima, realizar a sequência de ações para o reconhecimento da PCR (Parada cardio respiratória) que são:

  • O paciente não responde quando o profissional o chama: "senhor, senhor";
  • Ao observar o tórax do paciente, a equipe observa ausência de respirações ou respirações anormais (gasping);
  • Ao verificar o pulso na região carotídea ou femural do paciente, há ausência de pulsação (em até 10 segundos);
  • Quando é constatada a PCR, um dos profissionais entra em contato com a central de regulação, se for um socorrista (pessoa leiga ou familiar que verificou a PCR, deve imediatamente ligar, em SP, para o SAMU 192, ou para o corpo de bombeiros 193 e fornecer informações com relação ao nome da pessoa que está transmitindo a mensagem, local exato com ponto de referência (nome da rua, número da casa, edifício ou apartamento), se a vítima está em via pública, fornecer o máximo de informações sobre o local, quantas vítimas, idade, tipo de acidente, riscos para outro acidente que podem ser verificados pelo socorrista, lembrando que o socorrista não deve afastar-se do local e nem deixar a(s) vítima se movimentar e procurar mantê-la calma.
  • Enfim, entre em contato com o SAMU ou Bombeiros e inicie as 30 compressões torácicas, para duas ventilações, lembre-se que, atualmente a sequência é:
C - Copmpressões torácicas;
A - abertura de Vias aéreas;
B - respirações    
Como realizar a massagem cardíaca?
Com a região hipotenar de uma das mãos, na linha mamailar sobre o osso esterno.
 
Enquanto a outra mão fica sobre o dorso da primeira
Os braços devem permanecer estendidos e as compressões torácicas devem rápidas a uma amplitude de, no mínimo 5 centímetros em adultos, sendo exercidas com o peso do corpo do socorrista sobre os braços e mãos.
O socorrista que faz as compressões torácicas deve contar em voz alta, compressão por compressão até chegar a 30, assim: "1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15,... ..... ..... ....29, 30"
E, assim que ela a chega a 30 compressões (chamado de 1 (primeiro) ciclo, o segundo socorrista que estará posicionado próximo a cabeça da vítima, abre as vias aéreas e com a máscara posicionada,faz as duas ventilações.
 
  • No site Só Enfermagem você encontra três cursos gratuitos referentes a RCP, que são:
  • Curso de Desfibrilação;
  • Curso Carrinho de Emergência;
  • Curso Cuidados com pacientes intubados;
  • Acesse o link, faça sua inscrição e poderá começar o curso agora mesmo:
  •  
 
Como abrir as vias aéreas da vítima para as duas ventilações:
        A manutenção de vias aéreas permeáveis é imprescindível para a adequada ventilação da vítima inconsciente, pois o relaxamento muscular e o deslocamento da língua podem levar à obstrução, portanto, se for encontrada uma pessoa inconsciente, as vias aérea devem ser imediatamente abertas e a cavidade oral inspecionada, pois pode haver presença de vômitos ou corpos estranhos.
 
        Abri as vias aéreaas significa realizar a manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo, onde, o socorrista deve colocar uma de suas mãos na região frontal da vítima e o dedo médio e indicador da mão oposta sob a parte óssea da mandíbula, perto da ponda do queixo, e empurrar levemente para cima, inclinando a cabeça gentilmente para trás, sendo o pescoço gentilmente estendido (em casos clínicos). Ou então, pode-se usar a cânula de guedel para abrir as vias aéreas de forma não invasiva.
 
Técnica de inserção da cãnula de guedel
1. Um profissional abre manualmente as vias aéreas e outro é quem fará medição e colocação da cânula;
2. Para medir,  considera-se a distância entre a comissura labial e a ponta do lóbulo da orelha do mesmo lado;
3. No adulto, insere-se com a concavidade da cãnula voltada para o palato e, executa-se a rotação da cânula, quando esta alcança a porção posterior da orofaringe;
4. Na criança, executa-se a inserção da cânula com a concavidade voltada para a língua, sem executar a rotação, ou seja, ela já é inserida na posição em que deve ficar na orofaringe da vítima criança; 
 
Após as ventilações, faz-se a mensuração da cânula orofarímgea no paciente para após ser esta introduzida para garantir a permeabilidade da faringe à passagem de ar para os pulmões do paciente.

Após 5 ciclos, ou dois minutos de RCP deve ser realizada a desfibrilação com o DEA (Desfibrilador externo automático), onde a equipe deve ir seguindo as instruções.
1. Posiciona-se os eletrodos conforme a descrição do aparelho;
2. O DEA faz a análise do rítimo cardíaco;
3. O DEA informa agora para não tocar no paciente;
4. O DEA indica "Choque recomendado";
5. Charging ou seja "carregando";
6. Choque administrado;
Importante: Durante todo o tempo em que o DEA "fala" após o posicionamento dos eletrodos corretamente no tórax da vítima, ninguém deve mais tocar no pcaiente até que o choque já tenha sido administrado!!!
 
Após a administração do choque, a equipe repete 5 ciclos de 30 compressões mais duas ventilações (por dois minutos), e, depois, caso necessário, novamente o DEA.
 
Resumo:
A equipe de socorristas deve:
  • Verificar responsividade, respiração e pulso carotídeo ou femoral em até 10 segundos;
  • Constatada a PCR entrar em contato com a central de regulação ou SAMU 192;
  • Realizar 30 compressões torácias;
  • Abrir vias aérea e realizar duas ventilações;
  • Mensurar cânula orofaríngea;
  • Ligar o DEA após 5 ciclos ou dois minutos de RCP;
Acesse os links abaixo para ter acesso a aulas/cursos gratuitos sobre primeiros socorros e uso do DEA:
  • No site do Tec Saúde, especialização em urgência e emergência, no link: material didático, você tem acesso a vídeo aulas sobre procedimentos de urgência e emergência:
http://tecsaude.sp.gov.br/default.asp?dir=inc/videoaulas_procedimentos_ue.asp&esq=inc/menu_int.asp

  • No site da UNIFESP virtual em simulados on line você tem acesso aos seguintes temas com demonstrações multimídias:
Saiba Como Salvar - Suporte Básico utilizando o Desfibrilador Externo Automático (DEA)
http://www.virtual.epm.br/material/scs/index.htm

http://www.virtual.epm.br/material/scs/pt.htm
Por: Aluno Bolsista: Davi Jing Jue Liu
Orientador: Prof. Dr. Daniel Sigulem,
Coorientadora: Dra. Carla Ramalho de Assis.

da UNIFESP
Simulação Virtual Orientada - Suporte Básico. Como Salvar a Vida de uma Criança?
Todo desenvolvido por especialistas da UNIFESP, esse simulador on line pode ser acessado pelo link:
http://www.virtual.epm.br/material/sbv/sbvbetabx3.swf



 
 
 
 
 
 
        
 

sábado, 8 de dezembro de 2012

Reconhecimento de PCR (Parada Cardio Respiratória)


        Se a equipe de atendimento pré hospitalar chega para atender adulto ou criança em suspeita de PCR, deve saber reconhecer e confirmar se a vítima está mesmo em PCR e saber como prestar prontamente o atendimento inicial no local para garantir a vítima chances de sobrevida.
        Os profissionais que prestam atendimento devem estar usando os seguintes equipamentos de proteção individual (EPI's):

  • Óculos;
  • Máscara;
  • Luvas;
  • Uniforme ou Avental com mangas longas;
  • Sapato fechado;
  • E, no atendimento pré hospitalar: Botas com Bico de Aço;
Quando a equipe deve suspeitar de PCR?
  • Se a vítima não responder;
  • E apresentar respiração ausente ou anormal (tipo gasping);
  • Ausência de pulso carotídeo ou femoral (verificar em até 10 segundos);
        É imprescindível saber reconhecer a PCR e realizar as manobras de RCP (Ressuscitação Cardio Pulmonar) com o objetivo de recuperar ou manter a oxigenação e perfusão cerebral.


Sequência de Manobras de RCP
        A partir das alterações das diretrizes da American Heart Association em 2010, a sequência de manobras A - B- C sendo que A= Abertura de Vias Aéreas, B = Respiração e C = Circulação/ Compressões Torácicas; passou a ser atualmente:
Muda para:      C - A - B
ou seja,
Faz-se inicialmente as compressões torácicas;
Em seguida, a abertura de VAS (Vias Aéreas);
Em seguida a Respiração (Máscara com ambú);
        
        
     

domingo, 2 de dezembro de 2012

Neonatologia - Definições Importantes e Vídeo aulas

      
Por Luciana Silva

         Neonatologia é a especialidade médico pediátrica que trata de cuidar dos recém nascidos de 0 a 28 dias (4 semanas ou primeiro mês de vida), e aindda, dentre desse príodo neonatal há também o período perinatal onde esão os fetos de 28 semanas ou mais, com peso ao nascer igual ou maior que 1.000 gramas, e os recém nascidos com até sete dias de vida. Esse período perinatal é muito utilizado em análises epidemiológicas da mortalidade infantil, pois esse período concentra, seguindo pesquisas do IBGE, aproximadamente 50% dos óbitos.
  • Recém nascido, neonato ou recém nato: É a criança nas quatro primeiras semanas de vida após o nascimento, ou seja, até o 28o dia de vida (essa definição foi feita pela OMS e é utilizada nas estatísticas mundiais);
  • Nascimento:  Segundo FIGUEIREDO, é  o "Processo pelo qual o concepto, vivo ou  mortom é expulso ou extraído do corpo da mãe, independente da idade gestacional".
foto do meu arquivo pessoal - Luciana Silva
 
O Cuidar de um Recém Nascido
 
              Ainda segundo FIGUEIREDO, "cuidar de um recém nascido é ajudá-lo a superar a fase de maior vulnerabilidade de vida do ser humano: a transição da vida intra uterina para a extrauterina".
        "Após o parto, toda a equipe deve trabalhar mãe filho juntos, mesmo que o RN esteja internado na UTI, sempre preparando-os para a amamentação, que deve acontecer assim que ambos estivem em condições para fazê-lo". É nesse momento que se formam os laços afetivos entre mãe e filho: segundo FIGUEIREDO,
 
        "Embora  durante a gestação (ambos, mãe &filho) vivessem como um só indivíduo, agora é que de fato irão se conhecer". 
        Assista essa palestra do Portal Educação sobre Assistência de Enfermagem em Neonatologia
   


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Sondas e/ou Cateteres

Definições práticas:

Conhecendo basicamente cada um destes dispositivos:
Exs.: Cateter de Irrigação (mais acima), Cateter Folley (mais abaixo)


 
    Sonda: tubo flexível ou rígido introduzido num canal, natural ou não, com a finalidade de extrair ou introduzir algum tipo de matéria –urina, alimentos, medicamentos.
     
    Cateter: instrumento tubular introduzido no organismo com fins de monitorização de funções vitais, remoção de líquidos, introdução de medicamentos e sangue, soros.
     
            Todos esses dispositivos variam muito em seus tipos, modelos e técnicas de uso, pois podem ser utilizados para acessar, explorar, infundir ou drenar em várias regiões e sistemas do nosso organismo.
            Percebemos que soandas, drenos e cateteres podem acessar por diferentes motivos, os sistemas:
    Respiratório: através de sua inserção a partir das vias aéreas (alta ou baixa) ou tórax;
    Circulatório: através de sua inserção a partir da punção de um vaso periférico ou central;
    Digestório: através de sua inserção por via oral até o estômago ou intestinos;
    Nervoso: quando fica posicionado entre os espaços meningeos para retirar excesso de líquido devido a edemas ou outros casos;
    Outros tipos mais específicos para certas sitações.
     
    Modelos Básicos de Catéteres
    1. Catéteres de Acessos Venosos:
    Scalp: acesso venoso periférico com base de plástico em forma de borboleta que serve para o profissional segurar para angular a agulha com o bisel voltado para cima no momento da punção venosa. Indicado para coleta de exames de sangue, infusão de medicações e fluidos - medicações rápidas. É fixado com fita adesiva ou sacado após o término do procedimento.
     
    Vídeo da UNISA punção com scalp


    Jelco: acesso venoso composto por uma agulha e um invólucro, flexível e permanente, é fixado com fita adesiva na pele do paciente para a administração da medicação.Com este dispositivo, a agulha é retirada após o cateterismo venoso, permanecendo na luz do vaso, apenas o cateter (mandril) flexível.
     
    Vídeo Punção Venosa com Jelco ou Abocath Prof Marcos
     
     


    Intracath: acesso venoso central, passado por punção jugular, subclávia ou periférica. Sua extremidade fica na transição átrio-cava, fora da câmara cardíaca. Confirmar sua posição por RX de tórax. Fixado externamente com pontos na pele. Deve ser trocado a cada 2 semanas pelo risco de infecção.
    Kit de Intracath
     
     
    2. Catéteres Vesicais (Sondas Urinárias):
    Principais Objetivos:
  • Aliviar retenção urinária aguda ou crõnica;
  • Drenar a urina no pré e pós operatório;
  • Controlar a diurese;
  • Obter amostra de urina  estéril (Cateter de alívio);
  • Impedir a deistensão da bexida no pós operatório imediato (Cateter de demora);
  • Em casos de incontinência urinária;
  • Auxiliar em exames;
  • Tipos de Cateterismo Vesical:
    • De alívio;
    • De demora;
    • Para irrigação da bexiga;
  • Sonda Vesical de Demora: sonda de foley. É utilizadad quando o cateter deve permanecer por muito tempo na bexiga, para drenagem contínua ou intermitente de urina. Como ja dito, nesse procedimento é utilizado o cateter de folley que contém numeração e caloibre variados. Além de um sistema de coleta fechado que consiste em bolsa coletora e extensão que é conectada à extremidade do catéter para receber a urina drenada.

  • Sonda Folley
     
    Sistema Coletor Fechado
     
    • Veja os Vídeos de cateterismo Vesical de Demora Masculino e Feminino
    • o Enf. Stevan Coelho
    • Vídeo Ceteterismo Vesical de Demora  Masculino
    Materiais para o Cateterismo Vesical Masculino:
    Lave as mãos e prepare uma bandeja contendo:
    • 01 Pacote de cateterismo estéril com: cuba rim, cúpula redonda, pinça pean;
    • 01 campo fenestrado;
    • 02 ou mais pacotes de gase estéreis;
    • 02 seringas de 20ml;
    • 02 cateter vesical compatível com a idade do cliente e com a indicação médica;
    • Água destilada;
    • 01 Sistema de drenagem (coletor) fechado estéril;
    • Lubrificante xilocaína gel a 2% estéril;
    • 01 agulha 40x12;
    • Antisséptico (PVPI ou Clorexidina);
    • Luvas estéreis;
    • Luvas de procedimento;
    • Esparadrapo;
    • Saquinho para lixo;
    • Material para higiene íntima do cliente;
    • Impermeável;
    • Biombo e foco de luz, se nessário;
    • Forro;
    Descrição da Técnica de Cateterismo Vesical de Demora Masculino
    1. Verifique a prescrição do procedimento e lave as mãos;
    2. Providencie o material necessário;
    3. Prepare o cliente explicando-lhe sobre o procedimento;
    4. Prepare o ambiente para manter a privacidade do cliente, sua integridade física e a técnica asséptica do procedimento (coloque biombo, feche porta e janela);
    5. Lave novamente as mãos;
    6. Coloque as luvas de procedimento;
    7. Realize a higine íntima do cliente;
    8. Posicione o cliente em DDH (decúbito dorsal horizontal) e afaste as pernas;
    9. Abra o pacote de cateterismo próximo ao cliente;
    10. Disponha sobre o pacote de cateterismo (na parte interna extéril do pacote aberto) os materiais estéreis (cateter, coletor de sistema fechado, gases, 2 seingas, agulha, campo fenestrado aberto lateralmente);
    11. Coloque a solução antisséptica na cúpula redonda;
    12. Calce as luvas estéreis;
    13. Retire o ar do êmbolo da seringa, vedar o bico com o dedo indicador, solicitando que a pessoa coloque na seringa xilocaína (10 ml), com técnica asséptica, e readaptar o êmbolo ao corpo da seringa;
    14. Solicite também ajuda para aspirar água destilada;
    15. Realize o teste do balão, insuflando-o com água destilada (no volume recomendado pelo fabricante do cateter);
    16. Adapte o cateter ao sistema fechado;
    17. Monte a pinça com a gase e embeba na solução antisséptica que está dentro da cúpula redonda;
    18. Realize a antisspesia da região genital do paciente, seguindo a sequência:
    • região do meato urinário para o corpo de pênis;
    • utilizar movimento único para fora ou movimento circular, desprezando as gases no saco plástico (afastar o prepúcio com a mão esquerda);
    19. Injetar o lubrificante lentamente na uretra do paciente, ocluindo após por uns 2 minutos o meato urinário para não haver retorno da solução;
    20. Introduzir o cateter até a bifuração em Y;
    21. Constatar o retorno da urina e injetar água destilada para insuflar o balonete, retirar o campo fenestrado;

     
    22. Tracionar delicadamente o cateter até obter resistência;
    23. Reposicionar o prepúcio, recobrindo a glande (quando o paciente não for circuncizado);
    24. Fixar o cateter na região superior da coxa ou na região suprarpúbica;
    25. Prender a bolsa coletora adequadamente na cama;
    26. Retirar o material e deixar o cliente confortável;
    27. Retirar as luvas;
    28. Lavar as mãos;
    29. Anotar na bolsa coletora a data do procedimento;
    30. Realizar a anotação de enfermagem: hora, número e tipo de cateter, volume e aspecto da urina drenada, volume de água destilada utilizada para insuflar o balonete e intercorrências, assinar e carimbar;
    
    •  
    • Vídeo Cataterismo Vesical de demora  feminino
    Materiais para cateterismo vesical feminino:
    
    
     Idem ao masculino, com a diferença de que utiliza apenas uma seringa

    Descrição da Técnica de Cateterismo Vesical de Demora Masculino
    1. Verifique a prescrição do procedimento e lave as mãos;
    2. Providencie o material necessário;
    3. Prepare o cliente explicando-lhe sobre o procedimento;
    4. Prepare o ambiente para manter a privacidade do cliente, sua integridade física e a técnica asséptica do procedimento (coloque biombo, feche porta e janela);
    5. Lave novamente as mãos;
    6. Coloque as luvas de procedimento;
    7. Realize a higine íntima da cliente com esta em posição ginecológica;
    8. Posicione o cliente em DDH (decúbito dorsal horizontal) e afaste as pernas;
    9. Abra o pacote de cateterismo próximo ao cliente;
    10. Disponha sobre o pacote de cateterismo (na parte interna extéril do pacote aberto) os materiais estéreis (cateter, coletor de sistema fechado, gases, 2 seingas, agulha, campo fenestrado aberto lateralmente);
    11. Coloque a solução antisséptica na cúpula redonda;
    12. Calce as luvas estéreis;
    13. Disponha sobre as gases a xilocaína gel;
    14. Solicite também ajuda para aspirar água destilada;
    15. Realize o teste do balão, insuflando-o com água destilada (no volume recomendado pelo fabricante do cateter);
    16. Adapte o cateter ao sistema fechado e feche as presilhas de drenagem;
    17. Dobre as gases em quatro colocando-as na cúpula onde está o antisséptico, monte a pinça com a gase e embeba na solução antisséptica que está dentro da cúpula redonda;
    18. Realize a antisspesia da região genital da paciente, seguindo a sequência:
    • Separe os grandes e pequenos lábios com a mão não dominante;
    • Realize a antissepsia da região do meato uretral para a região pubiana dos pequenos lábios (sentido anteroposterior em movimento único);
    •  despreze o que vai sendo utilizado dentro do saco plastico de lixo infectante que deverá estar preso em local acessível para que você não contamine nada;
    19. Coloque o campo fenestrado com a abertura lateral;
    20. Lubrifique o cateter passando toda a sua extremidade na gase com anestésico;
    21. Introduza o cateter lentamente´até a bifurcação em y;
    22. Constate a saída da urina pela sonda (que, neste momento deve estar com sua ponta distal dentro da cuba rim que vai recebendo a urina drenada);
    23. Insufle o balonete;
    24. Tracione o cateter delicadamente até encontrar resistência e retire o campo fenestrado;
    25. Fixe a extensão do coletor com esparadrapo na região interna da coxa da cliente e posicione a bolsa coletora adequadamente (abaixo e presa nas laterais da cama);
    26. Retire os materiais utilizados e deixe o ambiente em ordem e a cliente confortável;
    27. Retire as luvas e descarte-as corretamente em lixo infectante e lave as mãos;
    28. Cheque a prescrição  e faça a identificação na bolsa coletora com a data do procedimento;
    29. Faça as devidas anotações de enfermagem, assine e carimbe.

  • Cateterismo surapúbico (Cistostomia) é o procedimento que estabele a drenagem (saída) da urina por meio da introdução de um catéter tipo Folley de forma percutânea ou pela incisão da parede abdominal anterior até a bexiga (VOLPATO&PASSOS 2009)


  •         Lembre-se: Os procedimentos evasivos à bexiga podem causar infecção e até comprometer ureteres e rins. É muito importante seguir com rigor a técnica asséptica (livre de microorganismos) para não levar infecção ao cliente. Jamais esqueça-se também de que antes de retirar a sonda de demora é necessário primeiro desinflar o balonete para não causar grave lesão na uretra do paciente! E, lave as mãos antes e após qualquer procedimento com o paciente. E ainda, o cliente com queda de resistência em seu sistema de defesa (imunológico) é mais predisponenete à infecção urinária. Se o paciente sofre de retenção urinária, não se deve drenar mais que 750 ml de urina de cada vez, para evitar uma descompressão brusca da bexiga.
    Cateter de Nelaton (Ceteterismo de Alívio)
    Sistema de coleta aberto
    • Sonda Vesical de Alívio: utilizada para coleta de urina em paciente sem micção espontânea e para esvaziamento vesical nos casos de retenção urinária. O cateter não permanece por mais tempo que o necessário para drenar a urina da bexiga, não contém balonete. É utilizado para colher amostrra estéril de urina destinada à exame, para esvaziar a bexiga do cliente após cirurgias. Nesse procedimento, utiliza-se o cateter de Nelaton, com numeração e calibre variados. Não se utiliza aqui o sistema de coleta fechado e o catéter é retirado após o esvaziamento da bexiga.





    quarta-feira, 28 de novembro de 2012

    Anemia Neonatal

     
     
     
     
     












     

     
    Apresentação de slides para a disciplina de enfermagem em neonatologia 2012.
     

    Curso de Auxiliar de Laboratório Coletor de Sangue

    Não perca a oportunidade de realizar um curso com ótimo conteúdo teórico, abrangente, sobre Técnicas de Coletas de Sangue, tipos de tubos, anticoagulantes e exames relacionados a cada um, incluindo exames especiais como hemocultuta, tempo de sangramento entre outros!
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    terça-feira, 27 de novembro de 2012

    Patologias Comuns em Pediatria Monilíase Infantil e Assistência de Enfermagem


    Por: Luciana Silva
    Texto do Trabalho de Pediatria para o curso de Enfermagem.

    Monilíase Infantil
    Resumo


            Destaca-se aqui a importância da prevenção e da correta profilaxia da monilíase em unidade de internação pediátrica, uma vez que está presente muitas vezes juntamente a um quadro de infecção respiratória e gástrica servindo de porta para mais infecção e complicações no quadro de saúde da criança. Assim sendo, os profissionais de enfermagem que estão observando a criança durante a anamnese com as mães diariamente têm um importante papel na educação em saúde para que essas mães contribuam com a quebra da cadeia de transmissibilidade desta patologia que, embora comum, pode agravar em muito o quadro de saúde da criança, uma vez que compromete sua aceitação alimentar e, em mães que amamentam ao seio, é uma porta de infecção  e reinfecção tanto para a criança, quanto para a mãe.
    Introdução
            Dentre as doenças transmissíveis em Pediatria, a Monilíase é uma patologia muito frequente, principalmente nos lactentes, por serem mais imunodeprimidos (principalmente quando estão hospitalizados) e por déficits de higiene por parte de seus cuidadores (falta de lavagem das mãos antes e após cuidar da criança, não higienização dos mamilos antes de oferecer o seio à criança, falta de higienização oral na criança, além da transmissão vertical) são alguns dos fatores mais predisponentes à ocorrência dessa afecção, que embora muito frequente, não deve ser menosprezada pela equipe de saúde pois pode, quando não prevenida e/ou tratada, acarretar na não aceitação da dieta alimentar pela criança, devido ao grande desconforto causado pela afecção oral, o que empobrecerá sua reserva nutricional e mesmo quando a infecção for na região perineal causa grande desconforto que tornará também a criança irritada e chorosa, além de ser porta de infecção, que, principalmente em crianças que já estão hospitalizadas, é um risco maior ainda para a piora da saúde da criança. Assim sendo, com o olhar holístico sobre a criança que apresenta esta afecção, deve-se considerar "quais fatores bio-psico-sociais predisponentes estão presentes?" _ patologias associadas, conhecimento da mãe-acompanhante sobre a patologia, medidas de higiene realizadas, terapêutica administrada _ olhando a interação criança(paciente) e mãe(responsável acompanhante) versus equipe de saúde multidisciplinar.
    O que é Monilíase Infantil _ Descrição:
            A Monilíase Infantil, também conhecida por Candidíase, e quando na boca pelo nome popular de "sapinho" é um tipo de micose (doença causada por um fungo) que atinge a superfície cutânea e/ou membranas mucosas, que pode resultar em vários tipos de micose: Monilíase Oral (muito comum em lactentes, prejudicando sua alimentação em uma das fases de desenvolvimento mais importante), Monilíase ou Candidíase Vaginal, Monilíase cutânea, Intertrigo, Paroníquia, Impetigo, entre outras. A Monilíase Oral é o tipo de monilíase mais comum em lactentes, conhecida popularmente como "sapinho" é a monilíase que acomete a cavidade oral, há ainda a monilíase perineal e vulvovaginal em meninas.

    Fisiopatologia

            Alteração na resistência do cliente à infecção, imunodepressão e uso de antibióticos propiciam a proliferação súbita de cândida ou monília.

    Agente Etiológico

            Fungos da espécie Candida albicans. Este fungo vive normalmente no intestino e nos órgãos genitais femininos, porém em uma quantidade que não causa doença. Em certas situações, porém, eles começam a se proliferar e provocam a monilíase oral (na cavidade oral), perineal e/ou vulvovaginal com corrimento e sintomas de vulvovaginite.O fungo Candida albicans, antes denominado Monilia. Geralmente, a Candida infecta a pele e as membranas mucosas (p.ex., revestimento da boca e da vagina). Raramente, ela invade tecidos profundos ou o sangue, causando uma candidíase sistêmica potencialmente letal. Essa infecção mais grave é comum entre os indivíduos com depressão do sistema imune (p.ex., indivíduos com AIDS e aqueles submetidos à quimioterapia). A Candida é um habitante normal do trato digestivo e da vagina e, normalmente, não causa qualquer dano.
            Quando as condições ambientais são particularmente favoráveis (p.ex., tempo úmido e quente) ou quando as defesas imunes do indivíduo encontram-se comprometidas, o fungo pode infectar a pele. Como os dermatófitos, a Candida cresce bem em condições quentes e úmidas. Às vezes, os indivíduos que fazem uso de antibióticos apresentam infecções por Candida, pois os antibióticos matam as bactérias que normalmente habitam nos tecidos, permitindo que a Candida cresça sem qualquer resistência. O uso de corticosteróides ou um tratamento com imunossupressores após um transplante de órgão também pode deprimir as defesas do organismo contra as infecções fúngicas. As mulheres grávidas, os indivíduos obesos e os diabéticos também apresentam uma maior probabilidade de serem infectados pela Candida.
    Tipos de Monilíase mais comuns em pediatria
    ·         Monilíase Oral ("sapinho";

    ·         Monilíase vulvo-vaginal ou perineal ("dermatite das fraldas");

    ·         Monilíase cutânea (Intetrigo);

    ·         Monilíase Disseminada;
            A forma mais comum de Monilíase que encontramos em pediatria é a oral ou pseudomembranosa, caracterizada por placas brancas removíveis na mucosa oral. Outra apresentação clínica é a forma atrófica, que se apresenta como placas vermelhas, lisas, sobre o palato duro ou mole. Também a monilíase vulvo-vaginal caracteriza-se pela presença de leucorréia e placas cremosas esbranquiçadas, na vulva e mucosa vaginal. O intertrigo atinge mais freqüentemente as dobras cutâneas, nuca, virilhas, regiões axilares, inframamária e interdigitais. A irritação e maceração da pele, provocada pela urina e pelas fezes na área das fraldas, favorecem o desenvolvimento da levedura que provoca eritema intenso nas áreas de dobras cutâneas, com lesões eritemato-vésicopustulosas na periferia (lesões satélites).
            A Monilíase disseminada ocorre em recém-nascidos de baixo peso e hospedeiros imunocomprometidos, podendo atingir qualquer órgão e evoluir para óbito por complicações que levam à falência dos rins, cérebro, trato GI, olhos, pulmões e coração. A disseminação hematogênica pode ocorrer em pacientes neutropênicos, conseqüente ao uso de sondas gástricas ou catéteres intravasculares, atingindo diversos órgãos ou prótese valvular cardíaca.
    Sinais e Sintomas da Monilíase Infantil
           A moníase Infantil mais comum é a do tipo oral, é uma infecção por Candida localizada no interior da boca, seus sinais e sintomas são a língua e a cavidade oral esbranquiçadas e com manchas brancas arredondadas na língua, bochecha e palato, são placas brancas com aspecto de nata de leite ou coágulos de leite que, quando removidos, revelam uma base eritematosa (avermelhada), causa grande desconforto que dificulta a alimentação da criança no peito ou não, causa perda de apetite e recusa até de água; outros efeitos são vômitos, irritabilidade e insônia.

            Os sintomas variam de acordo com a localização da infecção. As infecções nas pregas cutâneas (infecções intertriginosas) ou no umbigo causam freqüentemente uma erupção vermelha, muitas vezes com placas delimitadas que exsudam pequenas quantidades de um líquido esbranquiçado. Pode ocorrer a formação de pequenas pústulas, especialmente nas bordas da erupção, e a erupção pode ser pruriginosa ou produzir uma sensação de queimação. Uma erupção por Candida em torno do ânus pode ser pruriginosa, deixar a pele em carne viva e apresentar uma coloração esbranquiçada ou vermelha. As infecções vaginais por Candida (vulvovaginite) são comuns, especialmente em mulheres grávidas, em diabéticas ou naquelas que estão fazendo uso de antibióticos. Os sintomas dessas infecções incluem uma secreção vaginal branca ou amarela, uma sensação de queimação, prurido e hiperemia ao longo das paredes e na área externa da vagina, tanto em mulheres quanto em meninas.

            Ainda entre os achados físicos, há dor no flanco, disúria, hematúria, urina turva com cilindros. Cefaléia, rigidez da nuca, convulsões, déficits neurológicos focais.

    Sinonímia da Monilíase Candidíase, sapinho.

     
    Etiologia da Monilíase
    Candida albicans, Candida tropicalis e outras espécies de Candida. A Candida albicans causa a maioria das infecções.

    Reservatório da Monilíase

    O homem. A monilíase ,como também pode ser conhecida, ocorre em todo o mundo. O fungo C. albicans pertence a flora humana normal da cavidade oral; do trato gastrintestinal e da vagina.Também pode ser isolada do solo; do ambiente hospitalar, dos alimentos e de outros substratos.
    Modo de Transmissão da Monilíase
    Atrito, calor e umidade facilitam o desenvolvimento do fungo já existente nas mucosas ou pele. O contato com secreções originadas da boca, pele, vagina e dejetos de portadores ou doentes. A transmissão vertical dá-se da mãe para o recém-nascido, durante o parto. Pode ocorrer disseminação endógena.
    Período de Incubação
    Desconhecido.
    Período de Transmissibilidade
    Enquanto houver lesões.
    Complicações da Monilíase
    Esofagite, endocardite, ou infecção sistêmica, mais comum em imunodeprimidos, diabéticos ou portadores de doenças que ocasionam anemias graves com queda da resistência, disseminação com falência renal, cerebral, trato GI, olhos, pulmões e coração em prematuros e neonatos ou lactentes imunodeprimidos.
      Diagnóstico da Monilíase
    Monilíase Oral
            Além do aspecto clínico, visualização de leveduras e pseudo-hifas em exame microscópico de esfregaço da lesão, preparado com hidróxido de potássio a 10%. As culturas permitem a identificação da espécie.

    Tratamento da Monilíase
    Monilíase Infantil  Tratamento

            Qualquer medicamento deve ser prescrito pelo médico pediatra que avaliará o caso específico da criança. Os medicamentos mais comumente usados são a Nistatina, o Fluconazol e o Cetoconazol nas dosagens que apenas o médico prescreve.

    Cuidados ou Tratamento Geral

    Tratar infecção predisponente;
            Medicar com antifúngicos, segundo prescrição médica, tais como: Anfotericina B, anestésicos tópicos
    Orienta-se a desinfecção concorrente das secreções e artigos contaminados.
            Sempre que possível, deverá ser evitada antibioticoterapia prolongada de amplo espectro.
     
    Cuidados de Enfermagem
            A enfermagem atua para que o tratamento traga o desfecho esperado para o cliente pediátrico:
    ·         O paciente deverá manifestar maior conforto, aceitando melhor a alimentação e demonstrando menos irritabilidade;       ·         Evitar complicações ou tê-las minimamente, uma vez que crianças pequenas são mais imunodeprimidas;
    ·         Manter a integridade cutânea;
          ·         Orientar a mãe para que esta compreenda a patologia e seu tratamento;
    ·         Aborde junto a mãe o distúrbio, o diagnóstico e o tratamento, boas práticas de higiene oral e corporal;
    ·         Para a mulher no terceiro trimestre de gestação, a necessidade de exame para determinar vaginite a fim de proteger o neonato da monilíase oral ao nascimento;
          ·         Administrar os fármacos prescritos;
    ·         Monitorar os SSVV do paciente;
          ·         Balanço hídrico em casos de suspeita de comprometimento renal;
    ·         Monitorar os marcadores sanguíneos da função renal e hepática, principalmente am RN's de baixo peso ao nascer e/ou com infecção que os torna predisponentes à complicações por monilíase (uréia, cretinina sérica, proteínas na urina e potássio).

             Cuidados específicos devem ser tomados com uso de cateter venoso, como troca de curativos a cada 48 horas e uso de solução à base de iodo e povidine;
    O tratamento deve ser bem rápido, pois a alimentação insuficiente em casos de monilíase oral e mesmo de outros tipos (pois torna a criança irritada e inapetente) compromete as necessidades de hidratação e de nutrientes;
            Casos mais severos de acometimento podem requerer antifúngicos líquidos, que devem ser passados delicadamente com algodão na região afetada ou esguinchados com conta gotas na cavidade oral daqueles acometidos;
    Se as mães estiverem com os mamilos dos seios contaminados pelo fungo (normalmente com fissuras) elas devem usar antifúngicos tópicos, porém, antes de aplicar a medicação, a mulher deverá ordenhar seu leite e administrá-lo à criança através de copinho ou colher;
    Limpar as lesões com uma gase embebida em solução de bicarbonato de sódio 2% ou solução líquida de nistatina nos casos mais graves, sempre após as alimentações;
            Após realizar os cuidados, registre-os cuidadosamente no impresso correspondente para anotação de enfermagem.

    Conclusão
            O conhecimento sobre a fisiopatologia da monilíase em pediatria é fundamental para a profilaxia e correta terapia desta afecção fungica que, segundo estudos é muito prevalente em crianças, já que este é um grupo imunodeprimido, principalmente os RN's e os prematuros, pois a monilíase é, basicamente, uma afecção oportunista que só acomete pessoas com a imunidade prejudicada, seja pela imaturidade seja por outra patologia que requeira antibióticoterapia de amplo espectro, e, por tanto, cabe aos profissionais de Enfermagem orientarem as mães sobre como prevenirem e/ou tratarem corretamente, fornecendo-lhes as devidas informações sobre o distúrbio, o diagnóstico e o tratamento, ressaltando que, uma afecção que é vista popularmente como "comum", pode, em certos casos, disseminar-se de forma grave e sistêmica, atingindo órgãos importantes como os rins e pulmões, complicando muito o quadro de saúde desta criança.