quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Sondas e/ou Cateteres

Definições práticas:

Conhecendo basicamente cada um destes dispositivos:
Exs.: Cateter de Irrigação (mais acima), Cateter Folley (mais abaixo)


 
    Sonda: tubo flexível ou rígido introduzido num canal, natural ou não, com a finalidade de extrair ou introduzir algum tipo de matéria –urina, alimentos, medicamentos.
     
    Cateter: instrumento tubular introduzido no organismo com fins de monitorização de funções vitais, remoção de líquidos, introdução de medicamentos e sangue, soros.
     
            Todos esses dispositivos variam muito em seus tipos, modelos e técnicas de uso, pois podem ser utilizados para acessar, explorar, infundir ou drenar em várias regiões e sistemas do nosso organismo.
            Percebemos que soandas, drenos e cateteres podem acessar por diferentes motivos, os sistemas:
    Respiratório: através de sua inserção a partir das vias aéreas (alta ou baixa) ou tórax;
    Circulatório: através de sua inserção a partir da punção de um vaso periférico ou central;
    Digestório: através de sua inserção por via oral até o estômago ou intestinos;
    Nervoso: quando fica posicionado entre os espaços meningeos para retirar excesso de líquido devido a edemas ou outros casos;
    Outros tipos mais específicos para certas sitações.
     
    Modelos Básicos de Catéteres
    1. Catéteres de Acessos Venosos:
    Scalp: acesso venoso periférico com base de plástico em forma de borboleta que serve para o profissional segurar para angular a agulha com o bisel voltado para cima no momento da punção venosa. Indicado para coleta de exames de sangue, infusão de medicações e fluidos - medicações rápidas. É fixado com fita adesiva ou sacado após o término do procedimento.
     
    Vídeo da UNISA punção com scalp


    Jelco: acesso venoso composto por uma agulha e um invólucro, flexível e permanente, é fixado com fita adesiva na pele do paciente para a administração da medicação.Com este dispositivo, a agulha é retirada após o cateterismo venoso, permanecendo na luz do vaso, apenas o cateter (mandril) flexível.
     
    Vídeo Punção Venosa com Jelco ou Abocath Prof Marcos
     
     


    Intracath: acesso venoso central, passado por punção jugular, subclávia ou periférica. Sua extremidade fica na transição átrio-cava, fora da câmara cardíaca. Confirmar sua posição por RX de tórax. Fixado externamente com pontos na pele. Deve ser trocado a cada 2 semanas pelo risco de infecção.
    Kit de Intracath
     
     
    2. Catéteres Vesicais (Sondas Urinárias):
    Principais Objetivos:
  • Aliviar retenção urinária aguda ou crõnica;
  • Drenar a urina no pré e pós operatório;
  • Controlar a diurese;
  • Obter amostra de urina  estéril (Cateter de alívio);
  • Impedir a deistensão da bexida no pós operatório imediato (Cateter de demora);
  • Em casos de incontinência urinária;
  • Auxiliar em exames;
  • Tipos de Cateterismo Vesical:
    • De alívio;
    • De demora;
    • Para irrigação da bexiga;
  • Sonda Vesical de Demora: sonda de foley. É utilizadad quando o cateter deve permanecer por muito tempo na bexiga, para drenagem contínua ou intermitente de urina. Como ja dito, nesse procedimento é utilizado o cateter de folley que contém numeração e caloibre variados. Além de um sistema de coleta fechado que consiste em bolsa coletora e extensão que é conectada à extremidade do catéter para receber a urina drenada.

  • Sonda Folley
     
    Sistema Coletor Fechado
     
    • Veja os Vídeos de cateterismo Vesical de Demora Masculino e Feminino
    • o Enf. Stevan Coelho
    • Vídeo Ceteterismo Vesical de Demora  Masculino
    Materiais para o Cateterismo Vesical Masculino:
    Lave as mãos e prepare uma bandeja contendo:
    • 01 Pacote de cateterismo estéril com: cuba rim, cúpula redonda, pinça pean;
    • 01 campo fenestrado;
    • 02 ou mais pacotes de gase estéreis;
    • 02 seringas de 20ml;
    • 02 cateter vesical compatível com a idade do cliente e com a indicação médica;
    • Água destilada;
    • 01 Sistema de drenagem (coletor) fechado estéril;
    • Lubrificante xilocaína gel a 2% estéril;
    • 01 agulha 40x12;
    • Antisséptico (PVPI ou Clorexidina);
    • Luvas estéreis;
    • Luvas de procedimento;
    • Esparadrapo;
    • Saquinho para lixo;
    • Material para higiene íntima do cliente;
    • Impermeável;
    • Biombo e foco de luz, se nessário;
    • Forro;
    Descrição da Técnica de Cateterismo Vesical de Demora Masculino
    1. Verifique a prescrição do procedimento e lave as mãos;
    2. Providencie o material necessário;
    3. Prepare o cliente explicando-lhe sobre o procedimento;
    4. Prepare o ambiente para manter a privacidade do cliente, sua integridade física e a técnica asséptica do procedimento (coloque biombo, feche porta e janela);
    5. Lave novamente as mãos;
    6. Coloque as luvas de procedimento;
    7. Realize a higine íntima do cliente;
    8. Posicione o cliente em DDH (decúbito dorsal horizontal) e afaste as pernas;
    9. Abra o pacote de cateterismo próximo ao cliente;
    10. Disponha sobre o pacote de cateterismo (na parte interna extéril do pacote aberto) os materiais estéreis (cateter, coletor de sistema fechado, gases, 2 seingas, agulha, campo fenestrado aberto lateralmente);
    11. Coloque a solução antisséptica na cúpula redonda;
    12. Calce as luvas estéreis;
    13. Retire o ar do êmbolo da seringa, vedar o bico com o dedo indicador, solicitando que a pessoa coloque na seringa xilocaína (10 ml), com técnica asséptica, e readaptar o êmbolo ao corpo da seringa;
    14. Solicite também ajuda para aspirar água destilada;
    15. Realize o teste do balão, insuflando-o com água destilada (no volume recomendado pelo fabricante do cateter);
    16. Adapte o cateter ao sistema fechado;
    17. Monte a pinça com a gase e embeba na solução antisséptica que está dentro da cúpula redonda;
    18. Realize a antisspesia da região genital do paciente, seguindo a sequência:
    • região do meato urinário para o corpo de pênis;
    • utilizar movimento único para fora ou movimento circular, desprezando as gases no saco plástico (afastar o prepúcio com a mão esquerda);
    19. Injetar o lubrificante lentamente na uretra do paciente, ocluindo após por uns 2 minutos o meato urinário para não haver retorno da solução;
    20. Introduzir o cateter até a bifuração em Y;
    21. Constatar o retorno da urina e injetar água destilada para insuflar o balonete, retirar o campo fenestrado;

     
    22. Tracionar delicadamente o cateter até obter resistência;
    23. Reposicionar o prepúcio, recobrindo a glande (quando o paciente não for circuncizado);
    24. Fixar o cateter na região superior da coxa ou na região suprarpúbica;
    25. Prender a bolsa coletora adequadamente na cama;
    26. Retirar o material e deixar o cliente confortável;
    27. Retirar as luvas;
    28. Lavar as mãos;
    29. Anotar na bolsa coletora a data do procedimento;
    30. Realizar a anotação de enfermagem: hora, número e tipo de cateter, volume e aspecto da urina drenada, volume de água destilada utilizada para insuflar o balonete e intercorrências, assinar e carimbar;
    
    •  
    • Vídeo Cataterismo Vesical de demora  feminino
    Materiais para cateterismo vesical feminino:
    
    
     Idem ao masculino, com a diferença de que utiliza apenas uma seringa

    Descrição da Técnica de Cateterismo Vesical de Demora Masculino
    1. Verifique a prescrição do procedimento e lave as mãos;
    2. Providencie o material necessário;
    3. Prepare o cliente explicando-lhe sobre o procedimento;
    4. Prepare o ambiente para manter a privacidade do cliente, sua integridade física e a técnica asséptica do procedimento (coloque biombo, feche porta e janela);
    5. Lave novamente as mãos;
    6. Coloque as luvas de procedimento;
    7. Realize a higine íntima da cliente com esta em posição ginecológica;
    8. Posicione o cliente em DDH (decúbito dorsal horizontal) e afaste as pernas;
    9. Abra o pacote de cateterismo próximo ao cliente;
    10. Disponha sobre o pacote de cateterismo (na parte interna extéril do pacote aberto) os materiais estéreis (cateter, coletor de sistema fechado, gases, 2 seingas, agulha, campo fenestrado aberto lateralmente);
    11. Coloque a solução antisséptica na cúpula redonda;
    12. Calce as luvas estéreis;
    13. Disponha sobre as gases a xilocaína gel;
    14. Solicite também ajuda para aspirar água destilada;
    15. Realize o teste do balão, insuflando-o com água destilada (no volume recomendado pelo fabricante do cateter);
    16. Adapte o cateter ao sistema fechado e feche as presilhas de drenagem;
    17. Dobre as gases em quatro colocando-as na cúpula onde está o antisséptico, monte a pinça com a gase e embeba na solução antisséptica que está dentro da cúpula redonda;
    18. Realize a antisspesia da região genital da paciente, seguindo a sequência:
    • Separe os grandes e pequenos lábios com a mão não dominante;
    • Realize a antissepsia da região do meato uretral para a região pubiana dos pequenos lábios (sentido anteroposterior em movimento único);
    •  despreze o que vai sendo utilizado dentro do saco plastico de lixo infectante que deverá estar preso em local acessível para que você não contamine nada;
    19. Coloque o campo fenestrado com a abertura lateral;
    20. Lubrifique o cateter passando toda a sua extremidade na gase com anestésico;
    21. Introduza o cateter lentamente´até a bifurcação em y;
    22. Constate a saída da urina pela sonda (que, neste momento deve estar com sua ponta distal dentro da cuba rim que vai recebendo a urina drenada);
    23. Insufle o balonete;
    24. Tracione o cateter delicadamente até encontrar resistência e retire o campo fenestrado;
    25. Fixe a extensão do coletor com esparadrapo na região interna da coxa da cliente e posicione a bolsa coletora adequadamente (abaixo e presa nas laterais da cama);
    26. Retire os materiais utilizados e deixe o ambiente em ordem e a cliente confortável;
    27. Retire as luvas e descarte-as corretamente em lixo infectante e lave as mãos;
    28. Cheque a prescrição  e faça a identificação na bolsa coletora com a data do procedimento;
    29. Faça as devidas anotações de enfermagem, assine e carimbe.

  • Cateterismo surapúbico (Cistostomia) é o procedimento que estabele a drenagem (saída) da urina por meio da introdução de um catéter tipo Folley de forma percutânea ou pela incisão da parede abdominal anterior até a bexiga (VOLPATO&PASSOS 2009)


  •         Lembre-se: Os procedimentos evasivos à bexiga podem causar infecção e até comprometer ureteres e rins. É muito importante seguir com rigor a técnica asséptica (livre de microorganismos) para não levar infecção ao cliente. Jamais esqueça-se também de que antes de retirar a sonda de demora é necessário primeiro desinflar o balonete para não causar grave lesão na uretra do paciente! E, lave as mãos antes e após qualquer procedimento com o paciente. E ainda, o cliente com queda de resistência em seu sistema de defesa (imunológico) é mais predisponenete à infecção urinária. Se o paciente sofre de retenção urinária, não se deve drenar mais que 750 ml de urina de cada vez, para evitar uma descompressão brusca da bexiga.
    Cateter de Nelaton (Ceteterismo de Alívio)
    Sistema de coleta aberto
    • Sonda Vesical de Alívio: utilizada para coleta de urina em paciente sem micção espontânea e para esvaziamento vesical nos casos de retenção urinária. O cateter não permanece por mais tempo que o necessário para drenar a urina da bexiga, não contém balonete. É utilizado para colher amostrra estéril de urina destinada à exame, para esvaziar a bexiga do cliente após cirurgias. Nesse procedimento, utiliza-se o cateter de Nelaton, com numeração e calibre variados. Não se utiliza aqui o sistema de coleta fechado e o catéter é retirado após o esvaziamento da bexiga.





    15 comentários:

    1. Identifiquei algumas inadequações e inconsistências nos procedimentos de enfermagem, que se mal interpretadas podem colocar a segurança do usuário em risco. Recomendo que busquem fontes de dados mais confiáveis, como exemplos:
      http://www.coren-df.org.br/portal/images/pdf/Manual%20de%20Procedimentos%20em%20Enfermagem.pdf
      http://periodicos.saude.gov.br/
      http://evidenciassp.bvs.br/php/index.php
      JamileAraujo

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    2. eu achei muito util todas as explicacoes,pois reforcou o que tenho aprendido nas aulas na faculdade aqui em brasilia. AGRADECO MUITO

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      1. Obrigado Jessica, fico feliz em poder contribuir nem que seja um pouquinho com pessoas que, como você, estão buscando conhecimento e mais informações na nossa área. Seja sempre bem vinda.

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    3. olá boa tarde a todos fico meio confusa nos tipos de sondas como nelaton, levine, foly qual usaria para cada procedimento( vesical de demora, alívio, nasogástrica, nasoenteral)....poderiam me ajudar vou fazer prova amanhã..desde ja fico grata

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    4. Você poderia disponibilizar a técnica da sondagem em cistostomia por favor?

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    5. Gostei de mais, parabéns pelo material, tenho prova esses dias e me ajudou muito.
      Tenho vc tem Instagram?

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    6. Excelente matéria... os videos ajudam muito a relembra a técnica. muito obrigada!!!

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    7. Parabéns pela matéria, muito útil. Gostei muito.

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    8. Gostaria de saber quando deve usar o cateter(sonda) de alívio?

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    9. COMO EU ME CUREI DO VÍRUS DE HERPES.

      Olá pessoal, estou aqui para dar meu testemunho sobre um herbalista chamado Dr. imoloa. Eu estava infectado com o vírus herpes simplex 2 em 2013, fui a muitos hospitais para curar, mas não havia solução, então estava pensando em como conseguir uma solução para que meu corpo possa ficar bem. um dia, eu estava na piscina, navegando e pensando onde conseguir uma solução. Eu passo por muitos sites onde vi tantos testemunhos sobre o Dr. Imoloa sobre como ele os curou. eu não acreditava, mas decidi experimentá-lo, entrei em contato com ele e ele preparou o herpes para mim, que recebi através do serviço de correio da DHL. tomei por duas semanas depois, em seguida, ele me instruiu a ir para o check-up, após o teste, foi confirmado herpes negativo. sou tão livre e feliz. portanto, se você tiver algum problema ou estiver infectado com alguma doença, entre em contato com ele pelo e-mail drimolaherbalmademedicine@gmail.com. ou / whatssapp - + 2347081986098.
      Esse testemunho serve como expressão de minha gratidão. ele também tem
      cura à base de plantas para, FEBRE, DOR CORPORAL, DIARRÉIA, ÚLCERA DA BOCA, FATIGUE DE CÂNCER DE BOCA, DORES MUSCULARES, LÚPUS, CÂNCER DE PELE, CÂNCER DE PÊNIS, CÂNCER DE MAMA, CÂNCER DE PÂNICO, DOENÇA RENAL, CANCRO VAGINAL, CANCER VAGINAL, CANCRO DOENÇA DE POLIO, DOENÇA DE PARKINSON, DOENÇA DE ALZHEIMER, DOENÇA DE BULÍMIA, DOENÇA INFLAMATÓRIA DE DOENÇAS FIBROSE CÍSTICA, ESQUIZOFRENIA, ÚLCERA CORNEAL, EPILEPSIA, ESPETO DE ÁLCOOL FETAL, LICHEN, PLANTIA, CLÍNICA DE SAÚDE / AIDS, DOENÇA RESPIRATÓRIA CRÔNICA, DOENÇA CARDIOVASCULAR, NEOPLASIAS, TRANSTORNO MENTAL E COMPORTAMENTAL, CLAMÍDIA, VÍRUS ZIKA, ENFISEMA, TUBERCULOSE, BAIXO CONTAGEM ESPÉCIE, ENZIMA, INFORMÁTICA, BARRIGA, DISTRIBUIÇÃO, DISTRIBUIÇÃO EREÇÃO, ALARGAMENTO DO PÊNIS. E ASSIM POR DIANTE.

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